quarta-feira, 31 de março de 2010

Videos de Reflexão para que possamos fazer uma bela Páscoa, FELIZ PÁSCOA a todos! Fiquem com Deus...

Vejam e reflitão a respeito.
"A vida existe para todos, mas fazemos dela um grande inferno, pelo simples fato de não sabermos viver" Murilo Alberto.





Tchau!

terça-feira, 30 de março de 2010

Segunda Revolução Industrial

Conceito

Dá-se o nome de 2ª Revolução Industrial às transformações que provocaram o nascimento do capitalismo monopolista.


Fatores

De 1760 a 1830, a Revolução Industrial ficou praticamente confinada à Grã-Bretanha. A princípio, houve proibições de exportação de máquina e técnicas de produção industrial, mas não foi possível conter os interesses dos fabricantes, que queriam exportar produtos a fim de expandir suas atividades.


Em 1807, Willian e John Cockrill criaram fábricas de tecer em Liège, na Bélgica. O desenvolvimento industrial belga, favorecido pela existência de ferro e carvão, acelerou-se a partir de 1830, quando o país se tornou independente da Holanda.


As perturbações sofridas pela França em 1789, com a Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas, retardaram seu desenvolvimento industrial. Ademais, havia na França a tradição da pequena indústria e da produção de artigos de luxo, o que dificultava a concentração de capitais. Napoleão III inaugurou uma política protecionista, dificultando a importação de artigos franceses. Toda via, a dificuldade básica da França residia no fato de não possuir carvão suficiente para transformar todo o minério de ferro que extraía.


O crescimento industrial da Alemanha acelerou-se extraordinariamente após a unificação, alcançada em 1871. A abundância de ferro e carvão facilitou bastante. Nos fins do século XIX, a Alemanha já superava a Inglaterra na produção de aço e produtos químicos.


A Itália conheceu um razoável desenvolvimento industrial depois de 1870, quando se deu sua unificação política. A indústria italiana, basicamente têxtil, concentrava-se no norte do país.


Fora da Europa, ainda durante o século XIX, somente os Estados Unidos e o Japão entraram na Revolução Industrial. Em fins do século XIX, os primeiros constituíam já um grande produtor de artigos manufaturados.


A expansão do industrialismo e a necessidade de concentrar capitais deram origem aos grandes conglomerados empresarias (trustes, muitas vezes controlados por um holding) e aos acordos entre empresas para controle do mercado (cartéis). Essas mudanças caracterizam a passagem do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista.


Cronologia

1830 – Expansão da industrialização na Europa e no mundo.


1850 – Navegação a vapor.


1861/65 – Guerra Civil Americana


1868 – Início da Era Meiji.


1868 – Descoberta do Hélio.



A revolução nos transportes

A Revolução Industrial acarretou uma revolução nos transportes, que, por sua vez, intensificou ainda mais o processo de industrialização.


A invenção da locomotiva a vapor fez aparecer também os caminhos de ferro. As primeiras ferrovias foram construídas na Inglaterra e logo a seguir nos Estados Unidos, Alemanha e Bélgica. Na França, a primeira estrada de ferro foi construída em 1831, mas somente após 1870 elas se multiplicaram. Em 1871, a Península Balcânica era a única região da Europa que ainda não possuía estrada de ferro.


A distribuição das mercadorias foi tremendamente facilitada, pois os trens transportavam cargas pesadas rapidamente e a longas distâncias, por preços reduzidos.


A navegação a vapor veio completar esse quadro de aceleração dos transportes. Por volta de 1850, os barcos oceânicos construídos nos Estados Unidos, chamados clippers, dominavam a navegação. O surgimento da hélice, por volta de 1870, melhorou o rendimento dos navios, aumentando sua velocidade. Foram criadas grandes companhias de navegação que puseram em contato todo o mundo conhecido. Em 1869, a abertura do Canal de Suez favoreceu ainda mais as comunicações marítimas.


A primeira crise do capitalismo industrial

A industrialização em escala mundial trouxe consigo o problema da superprodução e, conseqüentemente, das crises econômicas típicas do capitalismo. Segundo uma teoria, a falta de controle da produção explica as crises de superprodução, quando os preços começam a cair vertiginosamente e provocam a paralisia da vida econômica, com sua natural repercussão social: o desemprego.


Outra explicação atribui a crise ao excesso de lucros dos empresários, resultante dos baixos salários pagos aos trabalhadores, que eram impedidos de comprar as mercadorias produzidas pela indústria; encarada sob este ângulo, a crise não seria propriamente de superprodução, mas de subconsumo.

 

Cronologia



1870 – Industrialização da Alemanha e da Itália.


1873 – Início da 1º Grande Depressão.


1886 – Daimler inventou o 1º veículo movido a gasolina.


1889 – Invenção de máquinas para a agricultura.



ALUNOS:

 s


Adrielle Talita Afonso Carvalho - Administração 1º Periodo - Noturno
Arilene Lúcia de Paula - Ciências Contábeis 1º Periodo - Noturno
Murilo Alberto Gonçalves de Oliveira - Ciências Contábeis 1º Periodo - Noturno
Pávylla Soares Avelar - Administração 1º Periodo - Noturno
Valéria Lúcia de Paula - Administração 1º Periodo - Noturno

Resumo da segunda Revolução Industrial. Grupo!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Primeira Revolução Industrial

No final do século XVII, com o desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas mercantilistas, a burguesia afirma-se como a classe economicamente dominante em quase todos os países da Europa Ocidental. A ascensão econômica da burguesia deveu-se, em grande parte, à acumulação de riquezas proveniente dos empreendimentos marítimos e dos monopólios comerciais concedidos pelos monarcas, no processo de formação do Estado Absolutista.

O grande afluxo de metais preciosos e o crescimento da população européia dilataram sobremaneira o mercado consumidor. O desequilíbrio entre as necessidades de consumo e a produção provocou a decadência do sistema artesanal independente e o surgimento da produção manufatureira doméstica.

A fundação de impérios coloniais da Época Moderna inundou a Europa com novas matérias-primas, utilizadas amplamente na produção de manufaturas. As práticas mercantilistas estimulavam a produção para exportação, com a finalidade de garantir uma balança comercial favorável. Ao mesmo tempo, os produtos que até então eram considerados artigos de luxo tornaram-se de consumo mais popular.

As transformações ocorridas na passagem do século XVII para o século XVIII, caracterizadas pela mudança da sociedade rural para a sociedade urbana, no trabalho artesanal e manufatureiro para o trabalho assalariado na organização fabril, envolvendo um rápido progresso tecnológico, culminaram com a Revolução Industrial.

Conceitos e Etapas

O conceito de Revolução Industrial é bastante amplo. Designa um conjunto de transformação ocorridas na Inglaterra, praticamente. Nesse período, surgiram as primeiras máquinas movidas a vapor. A partir de 1830 até 1900, a revolução difundiu-se pela Europa e América: Bélgica, França, Alemanha, Itália e Estados Unidos. Surgiram novas formas de energia, como a hidroelétrica, e novos combustíveis como a gasolina. A técnica foi aprimorada e cresceu a produção.

De 1900 em diante, várias inovações surgiram como a energia atômica, meios de comunicação mais rápidos, produção industrial em massa e desenvolvimento da informática e da engenharia genética.

Do Artesanato e Maquinofatura

A indústria pode ser considerada simplesmente como a transformação das matérias primas para serem consumidas pelo homem. Antes de as transformações serem efetuadas pelas máquinas, o que chamamos maquinofatura, existia o artesanato e a manufatura.

O artesanato é uma forma de produção industrial muito simples. Não há divisão do trabalho isto é, todas as fases da produção são feitas pela mesma pessoa. Por exemplo, na indústria de tecidos, a mesma pessoa fazia fios e tecia.

A manufatura representou um estágio mais avançado. Constituía uma concentração de numerosos trabalhadores sob a direção de um chefe, num mesmo local, com objetivo de completar a fase derradeira de preparação de um produto, como por exemplo, o tingimento do tecido. Aqui já existe uma especialização do trabalho. Cada trabalhador era encarregado de uma tarefa específica, o que aumentava a capacidade produtiva.

A passagem da indústria doméstica para a manufatura é marcada pela transformação do artesão em trabalhador assalariado. Isso ocorre quando os artesãos deixam de comprar a matéria prima e possuir suas máquinas próprias, passando a recebê-las de um grande comerciante. O produto era produzido a preço fixo, contratado entre o comerciante e o artesão, que, nesse caso, recebia apenas um pagamento pelo trabalho e transformação da matéria prima recebida.

A diferença entre a manufatura e maquinofatura, que caracteriza a Revolução Industrial, é exatamente o uso das máquinas em substituição às ferramentas utilizadas pelos homens, afastando de uma forma definitiva os trabalhadores dos meios produtivos, ou seja, a definitiva separação entre o capital e o trabalho.

A industrialização surge na Inglaterra

Desde a segunda metade do século XVI, a Inglaterra da rainha Elizabeth já começava a despontar como uma forte candidata à hegemonia européia. A pirataria e a derrota da invencível Armada da Espanha pareciam confirmar esse favoritismo, porém foi com os Atos de Navegação decretados por Oliver Cromwell e a fragorosa derrota da marinha holandesa, na segunda metade do século XVII, que a Inglaterra assumiu definitivamente a liderança européia.

No início do século XVII, os ingleses expandiram o comércio em escala mundial, favorecidos por acordos comerciais, como o Tratado de Methuen (“Panos e Vinhos”), em 1703, que assegurou ao reino britânico grande parte do ouro brasileiro. O ouro do Brasil foi para Inglaterra via Portugal.

Esse assustador desenvolvimento econômico permitiu que a burguesia inglesa rompesse precocemente as amarras do Absolutismo e as restrições impostas pela polícia mercantilista, ascendendo ao poder com a Revolução Gloriosa, que implantou definitivamente na ilha do liberalismo político econômico.

A natureza foi extremamente generosa com os ingleses no processo de industrialização, pois lhes deu enormes jazidas de ferro e carvão, matérias primas indispensáveis para construção e funcionamento das máquinas nas grandes indústrias. A posição insular permitiu-lhes também se manterem à margem das convulsões que assolaram a Europa nos séculos XVII e XVIII e que acabaram prejudicando as economias européias . Convém ressaltar ainda, que o clima bastante úmido era um forte aliado da indústria têxtil, uma vez que dava maior flexibilidade às suas fibras, que podiam resistir aos primitivos teares mecânicos.

O interesse da burguesia capitalista e a abundância de capital permitiram a fundação do Banco da Inglaterra, em 1694, que facilitava os empréstimos para os industriais, pois a taxa de juros cobrada era relativamente baixa. Dessa forma, tornava-se possível o investimento na construção de máquinas que exigiam muito tempo para recompensar os gastos.

A substituição das antigas técnicas feudais provocou o desaparecimento da agricultura comunal e do sistema de campo aberto, o que permitiu maior aproveitando do cultivo do solo e o aumento da produtividade.

Essa Revolução Agrícola possibilitou a melhoria nas condições de vida, permitindo um grande crescimento populacional. A burguesia vitoriosa conta a realeza, empreendeu os cercamentos das terras, provocando o desaparecimento dos yeomen, que abandonaram os campos, configurando um forte êxodo rural, e concentraram-se nas cidades à disposição das manufaturas urbanas, constituindo a mão-de-obra barata e abundante utilizada nos primórdios da Revolução Industrial.

No plano mental, o puritanismo e calvinismo inglês fizeram progressos nos anos precedentes. Essas crenças estimulam a acumulação, a poupança e o enriquecimento, apontados como sinais de salvação.

A indústria têxtil do algodão e as invenções



O desenvolvimento industrial da Inglaterra está ligado à indústria de lã. O poder político procurou protegê-lo, a regulando o comércio e a indústria. Por isso, a legislação que pesava sobre essa indústria era enorme. A produção do tecido de lã exigia várias etapas especializadas. Começava pela escolha, limpeza e tingimento. Em seguida, vinha o processo de pentear, fiar, tecer e dar os retoques finais no tecido pronto.

O comércio inglês no Oriente colocou os comerciantes em contato com o algodão e com o tecido de algodão. Essa indústria superou rapidamente a produção lanífera, devido à abundância de matéria-prima, tanto no Oriente quanto nos Estados Unidos, então colônia da Inglaterra, bem como pela inexistência de legislação que impedisse a expansão dessa indústria, como aconteceu com a fabricação de tecidos de lã. É, portanto, na maquinofatura do algodão que serão concentrados os esforços dos empresários industriais.

As invenções que tornaram possível a maquinofatura não foram obras do acaso. Um novo invento condicionava o aumento da produção, gerando capitais que poderiam ser aplicados em outras experiências, que resultaram em novas invenções, e assim por diante.

Devemos considerar ainda um desequilíbrio no processo produtivo, resultando da criação de novas máquinas. Quando uma invenção acelerava uma fase do processo produtivo, provocava-se um desequilíbrio em relação ás fases posteriores, que não conseguiram acompanhar o ritmo. Desse modo, eram necessárias modificações nas demais fases de produção.

Há, portando, uma espécie de ciclo: invenção, aumento da produção, criação de capitais, desequilíbrios nas fases produtivas, investimento em novas invenções, progresso tecnológico, aumento da produção etc.

O processo de mecanização da indústria têxtil demonstrou muito bem essa dinâmica. O surgimento da lançadeira volante, por John Kay, em 1733, aumentou a capacidade de tecelagem. James Hargreaves criou o spinning jenny, em 1764, aumentando a produção de fios. Essa máquina era uma roca de fiar que fazia vários fios ao mesmo tempo, com o problema de se tornarem quebradiços, o que dificultava a tecelagem. A water frame, de Richard Arkwright, em 1769, produzia fios grossos e, pelo fato de ser movida a água, era bastante econômica.

A spinning jenny e a water frame foram combinadas em uma única máquina por Samuel Crompton, em 1779, surgindo a mule. O problema foi resolvido: fabricava fios finos e resistentes. Porém, novo desequilíbrio foi gerado, pois sobravam fios que as tecedoras não conseguiam fiar.

Então houve tentativas de aumentar a capacidade de tecer. Em 1785, Edmund Cartwright inventou o tear mecânico. O mais importante invento nessa fase da industrialização surgiu no ano de 1768, quando James Watt inventou a máquina a vapor a partir das experiências desenvolvidas anteriormente por Newcomen.

Cronologia:

1694 – Fundação do Banco da Inglaterra

1733 – Invenção da lançadeira volante, por John Kay.

1760/1850 – Primeira Revolução Industrial.

1764 – Invenção da spinning jenny, por James Hargreaves.

1768 – James Watt inventa a máquina a vapor.

1769 – Invenção da water frame, por Richard Arkwright.

1779 – Invenção da mule, por Samuel Crompton.

1785 – Edmund Cartwright inventa o tear mecânico.









ALUNOS:

Adrielle Talita Afonso Carvalho - Administração 1º Periodo - Noturno
Arilene Lúcia de Paula - Ciências Contábeis 1º Periodo - Noturno
Murilo Alberto Gonçalves de Oliveira - Ciências Contábeis 1º Periodo - Noturno
Pávylla Soares Avelar - Administração 1º Periodo - Noturno
Valéria Lúcia de Paula - Administração 1º Periodo - Noturno
Resumo da primeira Revolução Industrial, grupo!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Revolução Industrial


A Revolução Industrial foi um processo marcante na história da humanidade porque deu origem a um novo segmento ecônomico. O espaço urbano deixou de ser apenas um lugar de cosumo e de comercialização, para ser também o lugar de produção de bens industriais.
Essas transformações relacionam-se diretamente a substituição do trabalho artesanal, que utilizava ferramentas pelo trabalho assalariado, em que predominava o uso das máquinas. Esse conjunto de transformações influenciou a vida de milhões de pessoas em quase todas as regiões do planeta. No lugar das tradicionais fontes de energia, como água, vento e força muscular, passou-se a utilizar o carvão e a eletricidade.
A primeira Revolução Industrial (1760-1860) se desenvolveu na Inglaterra, pelo acúmulo de capital, pelo controle capitalista do campo e pelo crescimento populacional, são fatores que contribuiram para o seu pioneirismo. A segunda Revolução Industrial (1860-1900) se espalhou pela Europa Oriental alcançando outros continentes o processo de industrialização chegou aos Estados Unidos e Japão.
Com isso o capitalismo se consolidou aos poucos, indústria tornou-se o principal setor de acúmulos de riqueza substituindo o comércio. As relações de trabalho também se modificaram, milhares de camponeses foram para as cidades em busca de emprego nas fábricas. Para desenvolver suas industrias, o empresário industrial pagava o menor salário possível, enquanto explorava ao máximo a capacidade de trabalho dos operários. Em diversas industrias, a jornada de trabalho ultrapassava 15 horas diárias.
Para sobreviver, o operário era obrigado a trabalhar nas fábricas com toda sua família, inclusive mulheres e criança de até mesmo seis anos. Além de tudo isso, as fábricas tinham péssimas instalações, o que prejudicava em muito a saúde do trabalhador.
Mas como tudo que tem um lado ruim tem seu lado bom, a Revolução Industrial trouxe também suas vantagens, como por exemplo, o processo de desenvolvimento dos transportes e da comunicação, sem os quais seriam inviáveis a distruibuição dos produtos industrializados, constituiram as invenções do navio a vapor, da locomotiva, do telégrafo, do telefone e o automóvel, que também contribuiram com a únião de diversas culturas diferentes em todo o planeta.

Telefone
Navio a vapor

Locomotiva a vapor

Automóvel - Ford T ao lado Henry Frod

Telegrafo






ALUNOS:





Adrielle Talita Afonso Carvalho - Administração 1º Periodo - Noturno
Arilene Lúcia de Paula - Ciências Contábeis 1º Periodo - Noturno
Murilo Alberto Gonçalves de Oliveira - Ciências Contábeis 1º Periodo - Noturno
Pávylla Soares Avelar - Administração 1º Periodo - Noturno
Valéria Lúcia de Paula - Administração 1º Periodo - Noturno
Texto escrito pelo grupo, postagem 25/03/2010.

sábado, 20 de março de 2010

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.



A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:

1º- 1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.


2º- 1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.


3º 1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica.

Artesanato, manufatura e maquinofatura

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.



A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.



Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.


O pioneirismo inglês


Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.

Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os merca­dos mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.

Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Uni­dos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.

Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.

Depois de capital, recursos naturais e merca­do, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transforma­ram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.

Duas conseqüências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso 0 mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.

A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.


Mecanização da Produção

As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no ,século XVIII.

Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começa­ram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame de Richard Arkwright, movida a água, era econômica mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.

Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.

Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Esta­dos Unidos, Eli Whitney inventou o descaroça­dor de algodão.



Revolução Social


A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital).

Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. Londres chegou ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se para o norte; centros como Manchester abrigavam massas de trabalhadores, em condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o ritmo de seu trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a concorrência de mulheres e crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres formavam mais de metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidente nem indenização ou pagamento de dias para­dos neste caso.

A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia freqüentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida. Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas, destruídas em Lancaster (1769) e em Lancashire (1779). Proprietários e governo organizaram uma defesa militar para proteger as empresas.

A situação difícil dos camponeses e artesãos, ainda por cima estimulados por idéias vindas da Revolução Francesa, levou as classes dominantes a criar a Lei Speenhamland, que garantia subsistência mínima ao homem incapaz de se sustentar por não ter trabalho. Um imposto pago por toda a comunidade custeava tais despesas.

Havia mais organização entre os trabalhadores especializados, como os penteadores de lã. Inicialmente, eles se cotizavam para pagar o enterro de associados; a associação passou a ter caráter reivindicatório. Assim surgiram as tradeunions, os sindicatos. Gradativamente, conquistaram a proibição do trabalho infantil, a limitação do trabalho feminino, o direito de greve.





http://www.culturabrasil.pro.br/revolucaoindustrial.htm

sexta-feira, 19 de março de 2010



IMAGENS DA POSTAGEM ANTERIOR

AS TÉCNICA E A EXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

Durante os últimos cinco séculos, foram empregados diferentes modos de exploração da força de trabalho, assim como várias técnicas no processo de produção capitalista.

O Artesanato

O artesanato constitui uma forma de trabalho que predominou na Europa até os primórdios do capitalismo, no início do século XVI. Ferramentas, utensílios domésticos, roupas e alimentos eram produzidos manualmente e com a utilização de instrumentos rudimentares. A execução das tarefas dependia de uma única pessoa, o artesão, que conhecia todas as etapas de elaboração do produto e tinha como local de trabalho sua própria residência ou uma pequena oficina. As matérias-primas e as ferramentas utilizadas eram, geralmente, de propriedade do artesão, assim como pertencia a ele a renda obtida com a venda das mercadorias.

A Manufatura

A manufatura prevaleceu na Europa como modo de trabalho do século XVI até meados do século XVIII. Durante esse período, máquinas de tração animal e humana foram introduzidas no processo produtivo, o que tornou a divisão social do trabalho mais complexa, pois envolvia um número maior de pessoas no desenvolvimento das tarefas ligadas à confecção de um produto. Os meios de produção passaram a pertencer a um único dono, que pagava um salário pelo trabalho dos operários e apropriava-se do produto final. Ainda que a escala de produção tenha se tornado maior que no estágio artesanal, a qualidade das mercadorias ainda dependia muito da habilidade dos trabalhadores assalariados.

A nova revolução industrial

A Wired é uma deliciosa revista sobre tecnologia e cultura impressa no Vale do Silício, na Califórnia, o coração inovador do capitalismo, lá onde as tecnologias que têm mudado o mundo nascem. Portanto, não estou falando do Pravda ou do Granma. Na edição de fevereiro, a revista trouxe na capa a manchete “A nova revolução industrial” e previu que o mundo da indústria, dos produtos, dos objetos está prestes a passar pela mesma ruptura que o mundo dos arquivos digitais, das músicas e dos filmes passou na última década: o colapso dos gigantes e o alastramento de nanicos inovadores. Em outras palavras, átomos são os novos bits.


 
 
 
 
 
 
 
 
Marx, em sua crítica ao capitalismo, afirmou que, com a industrialização, um artesão deixou de poder comprar as ferramentas de seu trabalho. Um sapateiro jamais teria dinheiro para bancar as máquinas de uma fábrica de sapatos, um mecânico, por melhor que fosse, jamais poderia competir com Henry Ford. Portanto, estávamos destinados a viver num mundo onde os capitalistas – donos dos “meios de produção” – exploram os trabalhadores. Daí a necessidade de uma revolução.



Pois a matéria da Wired, escrita por Chris Anderson, editor-chefe da revista e autor dos best sellers “Grátis” e “Cauda Longa”, mostra que essa revolução pode ser tecnológica. Anderson afirma que, cada vez mais, um cidadão comum, com talento e uma boa ideia, pode sim ter acesso aos meios de produção. Já há um monte de fábricas chinesas que atende pessoas físicas pela internet e produz qualquer coisa que alguém imaginar. Há centros open source como a TechShop, uma oficina americana que dispõe de máquinas sofisticadíssimas para produzir protótipos e aluga-as para qualquer pessoa por uma pequena taxa. Há impressoras 3D, que produzem objetos tridimensionais a partir de um arquivo de computador, para fazer protótipos e testar produtos. E essas impressoras já custam só 1.000 dólares nos EUA. Há sites que comercializam produtos criados na garagem e repartem os lucros com justiça. Enfim, quem tiver uma boa ideia para atender a uma necessidade do mercado e souber como concretizá-la já pode lançar um produto e ganhar dinheiro sem precisar ser uma empresa gigante. Na verdade, provavelmente vai levar vantagem sobre uma empresa gigante, porque tem mais agilidade e menos custos para manter uma estrutura hierárquica.

Anderson conta, por exemplo, a história deste carrão aí embaixo:
 
 


Trata-se do Rally Fighter, um carro criado colaborativamente por uma comunidade de amantes de carros que se encontrou na internet, num site criado por uma empresa pequena chamada Local Motors. Primeiro houve um concurso para escolher o visual do carrão: ganhou um desenho do jovem designer Sangho Kim, que levou um prêmio de 10.000 dólares. O projeto então foi desenvolvido em conjunto pela empresa e pela comunidade. A empresa cuidava para que o veículo funcionasse direito e fosse seguro, a comunidade caprichava para deixá-lo bonito e criativo. O carro vai ser lançado em junho, e é totalmente “open source” – ou seja, código aberto, qualquer pessoa pode ver e copiar seu projeto. O mais interessante é que a Local Motors vai permitir que pessoas comuns projetem acessórios para o Rally Fighter – ou seja, o consumidor pode comprar um carro já equipado com peças que ele mesmo inventou. É um sistema parecido com o do iPhone, que permite que desenvolvedores do mundo inteiro criem aplicativos para o telefone e, inclusive, ganhem dinheiro com isso.




A Local Motors não vai matar a Ford, claro. É uma operação pequena. A empresa tem só 10 funcionários (aumentará para 50 ainda este ano). Mas pô: eles fazem carros!



Para provar que sabe do que está falando, Anderson contou que até ele próprio está embarcando na nova revolução industrial. Ele também criou sua própria indústria: a DIY Drones. Começou da mesma forma que a Local Motors: com um site para aficcionados. No caso, amantes de “veículos aéreos não-tripulados”, ou “drones”, aqueles aviõezinhos-espiões comandados por computador que sobrevoam as coisas tirando fotos (o exército americano tem um monte deles, que custam milhões de dólares cada um). Anderson contratou o melhor sujeito que apareceu lá no site – um tímido nerd mexicano de só 21 anos chamado Jordi Muñoz, que virou o chefe de tecnologia da DIY Drones. Usando um aviãozinho de controle remoto, sensores disponíveis no mercado e equipamentos fáceis de se conseguir, como um GPS, Muñoz, Anderson e a comunidade do site desenvolveram um avião-robô e um balão-robô, que estão à venda pela internet por apenas algumas centenas de dólares. A DIY Drones, criada por Chris Anderson na sua garagem há só dois anos, já está perto de valer 1 milhão de dólares.



Claro que essas histórias incríveis não poderiam acontecer aqui no Brasil – onde a baixa qualidade da produção e a burocracia kafkiana estão no caminho dos inovadores. Claro também que, por mais que essas novas empresas sejam fascinantes, há uma lista enorme de riscos ligados a esse novo jeito de produzir – imagine o impacto ambiental que indústrias de fundo de quintal podem causar. Mas a reportagem me fez mais uma vez me admirar com o incrível potencial transformador destes tempos em que vivemos. Vou morrer num mundo bem diferente daquele onde nasci.



Por Denis Russo Burgierman

http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/cultura-livre/a-nova-revolucao-industrial/


domingo, 14 de março de 2010

O Artesanato




O artesanato constitui uma forma de trabalho que predominou na Europa até os primórdios do capitalismo, no início do século XVI. Ferramentas, utensílios domésticos, roupas e alimentos eram produzidos manualmente e com a utilização de instrumentos rudimentares. A execução das tarefas dependia de uma única pessoa, o artesão, que conhecia todas as etapas de elaboração do produto e tinha como local de trabalho sua própria residência ou uma pequena oficina. As matérias-primas e as ferramentas utilizadas eram, geralmente, de propriedade do artesão, assim como pertencia a ele a renda obtida com a venda das mercadorias.

Fonte imagem: http://orbita.starmedia.com/achouhp/historia/indartesanal.jpg